O trabalho científico apresentado por Rosilene Horta, da Faculdade de Educação/UFMG, abordou a questão Analfabetismo funcional versus aprendizagem qualificada: a importância da autonomia intelectual. O tema, estudado pela profissional, concluiu que, no Brasil, 75% da população nacional são analfabetos funcionais.
Esse resultado, segundo Rosilene Horta, aponta que os alunos não possuem prévios conhecimentos da proposta de ensino. Para melhorar esse quadro atual, Rosilene afirma: “O professor deve ajudar nesta tarefa. Mais estudantes se formarão com habilidades e conhecimentos suficientes para formação e autonomia intelectual”.
Em outra sala do evento, Elaine Maria dos Santos, da USP-SC/Unicentro, apresentou o tema Evasão na educação a distância: identificando causas e propondo estratégias de prevenção. Segundo Elaine, existem diversas questões que dificultam o trabalho das instituições de ensino a distância. “O professor não vê o aluno. Por exemplo, sabemos de casos em que o professor não oferece um suporte para a disciplina. Deixando toda a responsabilidade para o tutor”.
A qualidade e responsabilidade das instituições de ensino também foi assunto no 14º CIEAD. Apresentado por Carolina Cavalcanti, do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada – CEPA – USP , o tema A desonestidade acadêmica em cursos superiores a distância, foi muito debatido e elogiado pelos participantes.
A legislação vigente, segundo Cavalcanti, não facilita o trabalho das instituições de ensino. No entanto, os profissionais da area devem trabalhar com qualidade, mesmo com as dificuldades que lei proporciona. Existe, por exemplo, um alto custo para que profissionais do MEC visitem um pólo de ensino. Segundo Cavalcanti, ultrapassam R$ 7 mil, além de hospedagem.
Os alunos cometem delitos que devem ser analisados pela instituições. Segundo Elaine, existem casos em que o aluno, matriculado no ensino a distância, não compareceu no dia da prova presencial. Ele mandou outra pessoa. Para impedir novos casos foi necessário pedir o rg original para os estudantes.
Existem casos em que professores merecem punições administrativas. A cola, ou o plágio, desses profissionais vêm ocorrendo em ensino a distância. O assunto, pouco pesquisado, realmente acontece e, segundo Elaine, merece mais atenção dos pesquisadores.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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