Este é o tema da mesa que se realiza esta manhã.
Um dos integrantes desta mesa é o prof. Litto, que lembra que a idéia de "aberto" não é nova, tanto na Educação quanto em Tecnologia da Informação. Seu interesse sobre especificamente recursos educacionais abertos foi despertado pela iniciativa do MIT, o Opencourse, que disponibilizou todo o material didático dos diversos cursos dados naquela instituição na Internet livremente para acesso, uso e reutilização em todos os contextos. Litto comenta que esta tendência, seguida hoje por diversas instituições, afeta por exemplo o mercado editorial: se conteúdo produzido na academia começar a ser assim distribuído livremente, como fica o negócio editorial, sua viabilidade econômica?
Fala em seguida o prof. Antonio Teixeira, da Universidade Aberta de Portugal, que comenta que, na Europa, a adesão a esta proposta de recursos educacionais abertos acabou por ser orientada por interesses de marketing, como uma ferramenta a mais para a busca e captação de alunos: exibe-se uma parte do material utilizado na instituição como uma pequena "amostra grátis" do que faz a instituição. Em outra frente, toda a produção acadêmica em termos de teses e dissertações, está a ser disponibilizada também gratuitamente. Numa terceira geração de adesão a esta abordagem, algumas instituições oferecem seus materiais de ensino para a aprendizagem independente e permitem que ou o interessado o acesse e aprenda com ele como também, caso o deseje, possa solicitar atendimento docente, avaliação e certificação pela instituição.
Alberto Araújo, do SENAI Nacional, fala sobre o Banco de Recursos Didáticos, aberto a todas as unidades do SENAI, porém restrito por senha. Mas o que hoje está restrito passará a ser aberto ao público, ao menos em parte. Além desta inciativa, o SENAI oferece ainda uma biblioteca digital, composta por livros e periódicos, e um media center, um centro de vídeos educacionais (algo como um "youtube" do SENAI), com conteúdos gerados por diversas unidades da instituição e agora disponibilizados livremente na Internet.
Em seguida fala Marcos Formiga, da CNI e da UnB, vice-presidente da ABED. Apresenta um rápido porém detalhado histórico dos REA (sigla que ele propõe para Recursos Educacionais Abertos). Tentarei obter cópia de sua apresentação em PowerPoint para disponibilizar aqui pois está bastante informativa e repleta de links. Um ótimo e genuíno REA sobre REA... :-)
[Nota da equipe: Wilson Azevedo trouxe a apresentação que foi publicada aqui]
Por fim, fala Pablo Cerdeira, da FGV do Rio sobre o projeto Cadernos Colaborativos desenvolvido naquela instituição para seus cursos presenciais, inspirado no OpenCourse do MIT e usando o MediaWiki, o recurso tecnológico no qual se baseia a Wikipedia. Quem quiser ver poderá acessar http://academico.direito-rio.fgv.br
terça-feira, 16 de setembro de 2008
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